Direto da sala de videoconferência da Faculdade de Educação da UNICAMP!
Do lado de lá do Atântico contamos com a presença do professor Rui Canário, (Universidade de Lisboa) e da professora Cláudia Roberta Ferreira (GEPEC/ UNICAMP e Universidade de Lisboa). Do lado de cá, com a diferença de 4 horas a menos, a Adriana Vicentini coordena e conta com a presença também do professor Guilherme Prado e alguns outros professores.
Falamos de tudo que envolve educação, inclusive de angustias e satisfações, tendo como centro a formação de professores e iniciando o conversê a partir dos textos de Rui Canário, Claudia e Adriana.
Alguns temas relacionados com outras conferências também foram abordados como parte desse tema também
[O que me move, fundamentalmente, é a idéia de inacabamento (frase da Cláudia na videoconferência) e a conferência do dia 21: "O que nos move é o que nos falta " da Professora Rosaura Soligo]
Claudia acaba de terminar sua participação com Manoel de Barros
Por viver muitos anos dentro do mato
moda ave
O menino pegou um olhar de pássaro -
Contraiu visão fontana.
Por forma que ele enxergava as coisas
por igual
como os pássaros enxegam.
as coisas todas inonimadas.
água não era ainda a palavra água.
Pedra não era ainda a palavra pedra.
E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
podiam ficar em qualque posição.
Por forma qu o menino podia inaugurar.
podia das às pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.
E, se quisesse caber em uma abelha, era
só abrir a palavra abelha e entrar dentro
dela.
Como se fosse infância da língua.
Não conto mais nada!
Tive o prazer de participar desta conversa, deste encontro, diálogo, onde o cá e lá ocuparam o mesmo lugar na discussão sobre a formação docente! Sai me sentindo VIVA, moVIDA. Com a única certeza, de que não podemos ter certezas absolutas,pois mais importante que respostas são as próprias perguntas, ou A pergunta: "o que me move ?". Gosto muito de um poema que traduz esta possibilidade da incerteza do autor Damário Da Cruz chamado TODO RISCO:
ResponderExcluir"A possibilidade de arriscar
É que nos faz homens
Vôo perfeito
no espaço que criamos
Ninguém decide
sobre os passos que evitamos
Certeza
de que não somos pássaros
e que voamos
Tristeza
de que não vamos
por medo dos caminhos."
Vejo vocês no seminário, em breve!
Foi bem gostoso estar ontem na videoconferência com professores d’ além mar...
ResponderExcluirTanto mar, tanto mar, mas, assim como os portugueses, nós aprendemos a navegar, mesmo que no mar virtual!
Voamos e navegamos no espaço que criamos, é a consciência da possibilidade (de arriscar, de tentar, de ousar) de mudar, é saber que o "Mundo não é, está sendo", como já escreveu o lindinho do Paulo Freire, que se conjuga com "a possibilidade é o movimento do mundo" do 'meu' e-Boa ao som do "eterno rei Mu dança" do Gil!
Até o FALA!