segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

recadinho de Ana Aragão

Queridos,

Envio o texto da Profa Idália Sá-Chaves sobre o filme Carregadoras de Sonhos, na sessão de abertura do V Fala.
Este é o texto já mexido por ela, como podem ver abaixo.
Se alguém for publicar no site, por favor, envie a ela uma informação com o link, OK?
Glória, por favor, ponha no blog do Fala.
Bjs a todos,
ana
                              Ana, tá feito! gloria

Carregadoras de Sonhos
…love is in the air…

Idália Sá-Chaves
Universidade de Aveiro 1

Resumo

Este texto, em formato epistolar, procura sintetizar a reflexão que fui convidada a fazer sobre o filme "Carregadoras de Sonhos" como sessão de abertura do V Seminário Fala Outra Escola organizado pelo grupo GEPEC no âmbito das actividades da Faculdade de Educação-UNICAMP. Para além dos agradecimentos às suas comissões Científica e Organizadora por esse privilégio e dos cumprimentos a todos os que, aos mais variados níveis, contribuíram para que a concepção, realização e divulgação do filme fossem possíveis, procuro acentuar a carga simbólica que transparece na acção fílmica, salientando na proposta pedagógica, que subentende, a dimensão ética e de compromisso com os valores de bem e a dimensão estética das linguagens presentes e sabiamente entretecidas. Assim, ao nível da leitura da imagética espacial, procuro perceber a ideia de cidadania global a partir da cidadania local, contextualizada numa trama de quotidianos autênticos e culturalmente marcados. Ao nível da leitura temporal, procuro interrogar a própria ideia de tempo e interpretar os factos numa lógica que os problematiza para além da sua datação. Ao nível dos sujeitos protagonistas do enredo fílmico, tento ainda relevar os valores e os saberes que, em todos os casos que entretecem a trama, se traduzem numa competência reflexiva e de acção conscientemente transformadora, no quadro dos pressupostos da dignidade da condição humana reconhecida como direito universal. Por fim e ao nível do "ethos" fílmico, percebido como ambiência de acção e de comunicação, dizer da magia do olhar na captura dos sinais ora explícitos, ora ocultos, que enchem de luz (e de significado) cada momento, cada imagem, cada fala, cada silêncio e cada som como se todos os sentidos de cada espectador fossem, ali, convocados para uma festa de compreensão e de futuro.
Como metáfora, que dá título ao texto, usamos como "leit motiv" um verso da canção "Love is in the air"pela sua capacidade de traduzir, para a linguagem mais comum, o clima de afecto que, atravessando todo o filme, em alguns momentos, o pontua de sensibilidade e excelência.

texto completo
http://www.4shared.com/document/3n2uq1Rn/Vfala_outra_escola3.html
veja também:
e a postagem Perfume de Idália

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

o V FALA acabou, o VI vem aí...


Mais um  FALA terminou, mas os perfumes e sons produzidos vão continuar no ar...

Daqui a alguns dias (uns 15 ao menos...) estaremos  reformulando o blog  para colocar no ar os links das ressonâncias do V FALA que nos forem enviadas: fotos, filmes, textos, comentários, sugestões e sonhos!

Peço que enviem o que querem socializar conosco para o endereço oficial do V FALA:

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

FOTOS - FOTOS-FOTOS-FOTOS

2 Recadinhos da Helô



Mais um dia do V Fala.
Múltiplas vozes contam e cantam a escola,
Diferentes letras e notas.
Ecoa uma bela cançao..
.
V Fala 21.10.2010
21/10/2010
de Grupo de Terça GEPEC
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Beijos, Helô

II Recado 
Vozes se multiplicam
tornam-se fortes!!!
Alicerce da prática,
Gritos de uma Escola Outra.
22.10.2010
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Mais um dia do V Fala ... que pena... tá acabando.
 
 

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Recado da Rúbia


 Ressonâncias enviadas
por Rúbia Cruz*



O momento de partilha das vidas das nossas queridas professoras, autoras de Carregadoras de Sonhos, veio-me o grito da alma. Procurei em suas raízes, encontrar os mais recôndidos lugares de onde crescera o grito.
Vivo o luto pela perda de minha mãe. Ela foi a mãe-amiga que compartilhou sua vida comigo e eu com ela. Meus filhos foram filhos dela.

Mexia-me na poltrona do Centro de Convenções da UNICAMP, mil lembranças:
Ia para primeira escola que lecionei a pé. Era um caminho de descida e subida, no vale, o córrego, na subida a vida do narcotráfico. A escola: viva, cheia de crianças que tentavam viver a infância, dura, cheia de restrições, mas pulsante em seus olhinhos morenos. Minhas botas contavam a história desses caminhos. Elas furavam, meu pai trocava a sola... desbotavam e meu pai pintava. Durou bravamente os três anos em que subi e desci para dar minhas aulas na alfabetização daquela escola municipal. 
Minha mãe me aguardava com meu filhinho que dormia. Dormia o sonho de quem se alimentara bem à hora do almoço. Ela cronometrava os tempos. Ele acordava minutos depois em que eu também já estava alimentada e de ares mais frescos, escondida e protegida do sol. Aquele despertar era o instante de ouvir as músicas aprendidas, os versinhos, os versículos bíblicos que Vovó Cema ensinara ao bom menino. E a vida corria mansamente na eternidade daquele momento, hoje memórias de amor intenso!
As histórias das professoras emaranharam-se às minhas, a maestria de Idália envolveram-me, comi o fruto amargo e engoli, lágrimas pularam da emoção e alegria do encontro de quem luta e acredita no que faz. 

Brotou o pequeno ensaio de poema, banhado dos sentimentos que nos humanizam e nos solidarizam uns com outros. Sigamos coletivamente irmanados na intensa alegria de transformação, da construção de uma escola outra, de um mundo outro...
Raízes do grito
Grita a alma no luto
No silêncio do riso e do abraço
Grita o grito da alma
Na raiz da dor
E do  lamento
Onde ponho este amor sem fim?
Raiz do grito da alma?
Razão de existir
Em quem sou?
Entremeam-se vozes,
Compartilham sentimentos,
Acalentam o choro
Apontam os caminhos
            Caminhar... caminhar... caminhar...

Rúbia Cruz é professora, diretora da rede municipal de Campinas, gepecquiana das antigas, doutoranda do GEPEC

LIBRAS


14:00 - Mesa Redonda:  "Escola bilíngue: uma nova proposta de inclusão de alunos surdos na Rede Municipal de Campinas"

O Salão Nobre ficou diferente no período da tarde, junto com as palmas sonoras, os braços levantados com mãos girando nos fez ouvir quem não pode nos ouvir.
LIBRAS, língua dos sinais, inclusão.
“EMEF - Júlio de Mesquita Filho”, escola bilíngüe,
Libras como língua de instrução

Olhar, revirar, fazer uma genealogia dos discursos para pensar as fronteiras, os (des)caminhos que tornam e possibilitam uma escola, na qual o Português é culturalmente a língua de instrução, mesclar outra língua: a Língua Brasileira de Sinais. Qual o status desta língua outra? (do texto de Vanessa Regina de Oliveira Martins)
 

Morder o fruto amargo e não cuspir

ontem a Rosângela deixou também um olor especial 
para as Carregadoras de Sonhos

Tarefa
Geir Campos

Morder o fruto amargo e não cuspir
mas avisar aos outros quanto é amargo,
cumprir o trato injusto e não falhar
mas avisar aos outros quanto é injusto,
sofrer o esquema falso e não ceder
mas avisar aos outros quanto é falso;
dizer também que são coisas mutáveis...
E quando em muitos a noção pulsar
— do amargo e injusto e falso por mudar —
então confiar à gente exausta o plano
de um mundo novo e muito mais humano.

o que nos move?

é o que nos falta...


além dos diálogos e dos slides acima tivemos, pela manhã, perfumes de Rosaura...
 veja depois a página com informações sobre a palestra - clique aqui!